segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Como é difícil para eles...


A ideia deste post é meio que complementar o anterior. Na verdade, a ideia é fazer justiça porque, se de um lado existem coisas que os homens fazem com muito mais facilidade do que nós, de outro, eles têm muito mais dificuldade para resolver outras questões. Aliás, a dificuldade é tanta que chega a impressionar. Mais ainda: impressiona o fato de eles colocarem dificuldade onde ela não existe.

O caso da trança é uma delas... Mas tem outras tantas. Por exemplo, você já experimentou pedir pro maridão lavar a boca da (o) filha (o) em um lugar público? Com aquela cara de “temos um enorme problema a resolver”, ele pergunta: “aonde?” Muito provavelmente seria no mesmo lugar que você levaria, numa pia do restaurante ou banheiro mais próximo. Locais que, à propósito, você também não sabe onde ficam e teria que perguntar ou olhar em volta pra descobrir...

Outra: “será que tem cartão pré-pago de internet pra vender aqui no aeroporto?” Bom, tanto quanto ele, você nunca esteve ali antes e, claro, vai precisar perguntar pra descobrir. Mas evidentemente é muito mais fácil pra você perguntar do que pra ele. Até ele descobrir a quem perguntar, você já foi e voltou.

E vou ficar por aqui pra não causar polêmica – de novo – sobre questões como encontrar coisas ou descobrir preços ou orientações sobre como chegar a algum lugar nunca antes visitado...

P.S. - Este post estava escrito há um tempão, mas na correria acabou esquecido. Como ele continua super atual, decidi publicá-lo! ;-)

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Como é fácil pra eles...


Decididamente, tem algumas coisas que são mais fáceis para os homens do que para as mulheres. Coisas que, como se viessem registradas no DNA masculino, eles fazem com infinitamente mais facilidade do que nós, mulheres.

Não, eu não estou falando sobre carregar caixas, abrir vidros de palmito e nem tampouco sobre parafusar prateleiras. Refiro-me a questões mais corriqueiras. Quem de vocês já reparou a destreza e rapidez com que eles encontram uma programação bacana – pelo menos do ponto de vista deles – na grade de mais de 200 canais da TV a cabo? Ou a tranquilidade com que conseguem se sentar diante dessa mesma TV com um bebê recém-nascido berrando no colo. Sim, porque “não é porque o bebê quer que o pai fique em pé que ele vai ficar”, né? Senta-se e, com uma facilidade invejável, abstrai o choro e assiste à programação normalmente. Até que a gente, incomodada com o berreiro, vai lá e resgata o pobre bebê.

Mas uma das coisas que os homens fazem com mais facilidade e que, confesso, me dá uma inveja daquelas, é dormir. Deus do céu! Eles dormem como se há séculos não o fizessem. Na praia, na sala, na casa da mãe, do sogro, no carro, no avião... Não importa onde estejam, se a oportunidade surgir, eles agarram sem medo - e muito menos vergonha.

Dia desses, estávamos na praia, em meio a conversas, crianças (sim, tinha criança pra cuidar), caipirinha e sol. Estranhei que o @fabiobbarros estivesse imóvel em uma posição pouquíssimo confortável por tanto tempo. Só podia ser: estava dormindo! Vou tentar descrevê-la aqui para que vocês entendam o meu espanto. Ele estava sentado em uma dessas cadeiras de barracas de praia, normalmente vermelhas (da Brahma) ou amarelas (da Skol), duras e sem nenhuma inclinação, sabem? O braço esquerdo erguido, dobrado de forma que o antebraço ficou apoiado sobre a cabeça, pernas cruzadas e o braço direito apoiado sobre o braço da cadeira. Óculos de sol pra dar aquela disfarçada básica. Visualizaram? Agora eu pergunto: como alguém consegue dormir desse jeito, nessa posição?

Outra situação engraçada, não fosse pelo medo que eu passei, foi a caminho das nossas férias em San Francisco. No primeiro trecho da viagem – um vôo de nove horas – ele dormiu por pelo menos sete horas. Acordou pra comer e para preencher formulários de imigração. E só! Só mesmo! Em um determinado momento, o avião passou por uma turbulência que eu nunca, nunca havia sentido. Fiquei desesperada, a ponto de achar que estávamos caindo. “Morzão, meu, acorda! Tô com muito medo!” Ele, exatamente nesta ordem, entreabriu os olhos, pegou na minha mão, disse “calma, Morzão, não é nada”, virou-se e continuou dormindo! Como assim?! Como alguém consegue dormir com o avião sacudindo daquele jeito?

Agora, como eu não consigo dormir e já não aguento essa viagem – estamos na quinta hora de vôo do segundo trecho a caminho de San Francisco –, decidi abrir o computador para escrever. E, enquanto eu escrevo este texto, espremida entre uma senhora simpática – mas rechonchuda – e o Fábio, ele, claro, dorme o sono dos justos. E, seguramente, não terá nenhuma dificuldade para dormir a noite. Não há jet lag ou diferença de fuso horário que lhe tirem o sono!

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

É prá comer ou prá esfregar???

Dia desses um velho amigo colocou dois posts no Facebook demonstrando absoluta confusão com os cosméticos que tinha em casa. No primeiro, contava ter tentado fazer a barba com gel de cabelo. No segundo, alguns dias depois, contava que tinha tentado fixar o cabelo com o creme de barbear, e dizia estar ficando preocupado, que estes seriam sinais de idade avançada etc.
Não são. Definitivamente não são sinais de confusão mental ou coisa que o valha. Alguém já parou para prestar atenção nos cosméticos que nossas mulheres colocam em nossas prateleiras ultimamente? Eu me lembro do tempo em que, para o banho, havia sabonete, xampu Colorama de babosa e aquele creme rinse cor de rosa. Só!!!! Ah, sim, e o sabonete era sólido, impossível de confundir com qualquer outra coisa.

Por conta dessa história, dei uma olhada detalhada no que havia na prateleira do meu banheiro. Começa pelo xampu... É sem sal!! Eu nem sabia que problemas cardíacos começavam pelo cabelo. Mas fica aí uma boa desculpa, caso alguém pergunte se eu tenho uma alimentação saudável: “não muito, mas meu xampu é sem sal, o que já adianta um lado”.




E não basta ele ser sem sal, ele é de camomila e macadâmia... Macadâmia, acreditam?? Bom, a camomila, se for chá, acalma, e a macadâmia... Bom, a macadâmia eu não conhecia até a Fernanda me apresentar sua paixão pelos sorvetes de macadâmia da Haagen-Dazs. Na verdade nem o corretor do Word conhece a macadâmia, que está toda grifada aqui neste texto. Mas aí aparece um xampu de camomila e macadâmia e sem sal. Não será estranho se alguém tentar beber ou usar como cobertura de sorvete.

E não bastasse o xampu, outro dia a Fernanda me deu um sabonete líquido para o banho. Bacana, cheiroso... e de gengibre. Minha primeira reação foi fazer um gargarejo com o danado (gengibre é bom prá garganta, né?). Mas ele tem os complementos: extratos de álamo e de carvalho e óleos de menta e gengibre (fosse sólido, dava para mascar como chiclete).



E se as fórmulas apresentadas nos rótulos confundem, prestem atenção às instruções de uso. O tal sabonete líquido é recomendado para uso nos rosto, mãos e corpo. Quando eu li isso me bateram várias dúvidas: rosto e mãos não são corpo? Corpo então é o quê? Tudo menos o rosto e as mãos? E os pés? Não estão no mesmo grupo das mãos, mas eu posso considera-los como corpo? Se sim, por que as mãos, que também são membros, não são corpo? Se não, tenho que comprar outro sabonete para os pés? Pés não merecem gengibre?? É isso??

Ficam aqui minhas sinceras saudades do xampu Colorama!

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Os problemas da Martinha...



Já vou adiantando que a Martinha é um personagem fictício, não existe fisicamente, não tem telefone, RG ou coisa que o valha. Mas ela existe, e muito, conceitualmente. No imaginário masculino, a Martinha é aquela quase amiga/vizinha/colega de faculdade de nossas companheiras.

Vamos deixar claro. A Martinha não é a melhor amiga e confidente das mulheres, mas aquela conhecida frequente, com quem elas trocam informações superficiais e sem importância vez ou outra. Mas aí é que está o perigo, e são essas informações sem importância as responsáveis por várias das discussões inúteis que temos ao longo da nossa vida conjugal.

Essas informações guardam armadilhas perigosas. Acontece mais ou menos assim:

Mulher – te contei da Martinha?

Você – Não. O que aconteceu?

Mulher – Tá uma arara com o Eugênio (esse é o fictício marido/companheiro da Martinha).

Você – Ah, é? Por quê?

Aqui os homens começam a se enredar. Essa é a deixa para que sua mulher fale sobre os problemas da Martinha com o Eugênio, que podem ser muitos:

Mulher – Porque ele a) não ajuda em casa; b) não leva as crianças na natação; c) deixa toalha molhada na cama; d) não põe roupa suja no cesto; e) não desgruda da TV; f) não larga o controle remoto; g) não gosta da mãe dela; h) não se dá com o irmão dela; i) trabalha todo final de semana; j) não lava o carro; k) deixa meias sujas no sapato; etc., etc.

O problema em si é irrelevante. A questão é que, no momento em que ela descreve o problema do Martinha, você, homem, ferrou-se, e em qualquer uma das reações possíveis. Se não, vejamos:

Neutro
Você, bem humorado – Ah, eles são assim mesmo...

Mulher – Tá rindo do quê? Você faz igual...

Viu? Pronto. Foi-se a Martinha e o problema agora é você.

A favor da Martinha
Você – Verdade. Tá certa ela!

Mulher – Jura? Então vale para o senhor também, que é igual a ele.

Pronto! Caiu de novo!

Na pior das hipóteses, e já sabendo o inevitável destino da conversa, você pode partir para o confronto direto:

Você – Eu hein! O Eugênio é que tá certo! A Martinha é folgada prá caramba!

Por tudo isso é bom estar sempre atento à possibilidade de que os problemas da Martinha apareçam, e procurar evita-los ao máximo:

Mulher – te contei da Martinha?

Você – Acho que sim... Vamos tomar um sorvete??

sábado, 30 de julho de 2011

Filmes de aventura


Ah, filmes de aventura... Não sei ainda se é preferência pelo gênero de ação ou se é algo inconsciente no gênero masculino, especificamente para provocar o sexo oposto. Só sei que, entre os 150 canais oferecidos por nossa TV a cabo, o @fabiobbarros invariavelmente para em algum filme de ação, aventura ou algo que o valha.

Ainda estou tentando descobrir se ele realmente tem essa preferência ou se a preferência dele é pelo filme mais barulhento possível, com helicópteros, avisões, tiroteio e tudo mais que possa me manter longe da sala pelo tempo que durar o filme.

Sim, porque como, segundo o @fabiobbarros, não tem graça assistir a esses filmes em baixo volume (ou volume normal, dependendo do ponto de vista), a TV fica no que parece - pelo menos pra mim - ser algo próximo de seu volume máximo. São milhares de decibéis capazes de enlouquecer alguém - ou, no mínimo, garantir uma dor de cabeça daquelas!

E, para ficar só na questão do barulho, nem vou comentar o quanto me irrita o fato de ele conversar comigo com o olho na tela, pra não perder nada, ou o fato de que os filmes normalmente acabam depois que começa a novela que eu quero assistir, ou ainda que, enquanto ele não desgruda o olho da TV, por vezes a Maria Helena está, por exemplo, desenhando no tênis embaixo do nariz dele... Não vou comentar. Deixa pra lá...

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Da seletividade das contas

Só depois de muitos anos de convivência é possível entender minimamente como funciona a mente feminina quando o assunto é dinheiro, ou gastos, mais especificamente. No caso da @fkyrillos, só agora eu começo a identificar alguns sinais de como se processam prioridades e se forma o conceito do que é caro e do que é barato (o que nem sempre é tão claro).
Na prática, é mais ou menos assim: caro é tudo aquilo que ela é obrigada a fazer, e barato é tudo aquilo que lhe dá prazer. Parece complicado, mas fica mais simples quando se entende que os conceitos não têm absolutamente nada a ver com valores. O preço, como medida de valor, não tem valor algum. Fácil né?

Exemplifico: ela é capaz de entrar em uma loja de roupas, sem qualquer compromisso, e sair de lá com algumas centenas de Reais em blusas, blusinhas, camisetas, calças e botas... Sem a menor cerimônia ou culpa, porque isso não é caro. Não importa quanto custaram, as roupas lhe deram prazer.

Caro é ter de pagar R$ 7,00 por um DOC. A @fkyrillos é capaz de ficar uma hora no trânsito, 30 minutos para estacionar o carro e duas horas na fila do banco para sacar dinheiro, e depois ficar mais uma hora na fila de outro banco para depositar esse dinheiro. Tudo isso para não pagar R$ 7,00 em um DOC. Mesmo que custasse R$ 0,10, o DOC seria caro, porque ela é obrigada a pagar por ele, o que não lhe agrada nem um pouco.

Ficou claro??

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Mais uma oração

Na onda da Banda Mais Bonita da Cidade, eu também resolvi publicar aqui uma oração em homenagem as mulheres. É só a letra (de autoria desconhecida), mas quem quiser pode musicar e gravar um clipe feliz para colocar na web:

“Querido Deus,
Até agora o meu dia foi bom:
não fiz fofoca,
não perdi a paciência,
não fui gananciosa, sarcástica, rabugenta,
chata e nem irônica.
Controlei minha TPM,
não reclamei,
não praguejei,
não gritei,
nem tive ataques de ciúmes.
Não comi chocolate.
Também não fiz débitos em meu cartão de crédito
(nem do meu marido) e nem dei cheques pré-datados.
Mas peço a sua proteção, Senhor, pois estou para levantar da cama a qualquer momento...
Amém!”